18 de março de 2013

Linhas tortas, inspiradas por alguém

"Eu quero escrever, redefinir as linhas tortas, empolgar-me com as letras, ficar sereno como os pontos finais.
Não quero mais borrar a folha de papel com a tinta fresca da caneca, por o ter acabado de escrever.
Servia uma folha branca, sem linhas a separar, para não impor o rigor da escrita, mas também não irei ser irregular pelo sabor.
Não sei o que irei esconder por de trás de cada letra, medo não tenho, só quero é arriscar sem apagar.
Tenho tudo pronto, ponto por ponto, espaço por espaço, temia-o, mas já me enquadrei com ele!
Folha quadriculada não serviria, pois cada letra ficaria na interna solidão. Quero é que ganhem vida, que as letras brinquem umas com as outras, mas, que no final formem a palavra necessária e divina que me levem ao sucesso, que cativem o imaginário e que conquistem o cristal, fino, resistente, transparente, bonito e charmoso por vezes, que o usem e que não o deixem na prateleira, que seja lavado com água pura. Não sei de cor rimas nem cantigas, não saltito espaços ou parágrafos, sou é criador e crucificador, não meto de lado o sacrifício da dor de apertar tanto com tanto sabor a caneta que espremo para expressar o meu amor ou dor."

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