29 de dezembro de 2012

Coisas do passado

Vejo nos teus olhos, toda a raiva, guerra, sede, fome, desespero, tristeza, toda a tua (vossa) revolta. Oiço todo este silêncio que deixas de agonia, de dias e noites de dor… vives o que a sociedade produz (nada), todos falam, opinam, poucos ajudam. Já não sorris, já não choras, já não sentes nem vives, és, mero boneco dos “gigantes” deste mundo, escravo de uma sociedade sem cura. Estás num jogo de roleta russa, com balas em todas câmaras de um tambor de uma pistola, és inocente.
Admito, também eu sou, um mero espectador deste mundo obscuro, mas não me gabo de algo que não fiz, boas ideias temos todos mas há quem seja “escravo da preguiça”.
 Ensina-me o que é ter fome, sede e fraqueza que eu ensino-te a viver, sorrir e sonhar.
Tive sorte, nasci no lado certo do mundo, e tu?
17.10.2010

Coisas do passado

Deixa-te de truques e fintas, a vida é simples, não compliques o que é fácil, mete os teus medos para trás e encara o adversário, por mais complicado que te pareça, nada será mais forte e persistente que a vontade. Valoriza-te a ti e aos teus feitos, vive os momentos e recorda alegrias, relembra também as lições de tristeza de momentos mal passados, desenvolverás capacidades e descobrirás em ti, um novo eu. Porque todos temos valor, mas nem todos sabemos como aproveitá-lo.
14.11.2010

28 de dezembro de 2012

Coisas que vou lendo por aí...

Texto de Pedro Passos Coelho aos portugueses:
Amigos,

Este não foi o Natal que merecíamos. Muitas famílias não tiveram na Consoada os pratos que se habituaram. Muitos não conseguiram ter a família toda à mesma mesa. E muitos não puderam dar aos filhos um simples presente.

Já aqui estivemos antes. Já nos sentámos em mesas em que a comida esticava para chegar a todos, já demos aos nossos filhos presentes menores porque não tínhamos como dar outros. Mas a verdade é que para muitos, este foi apenas mais um dia num ano cheio de sacrifícios, e penso muitas vezes neles e no que estão a sofrer.

A eles, e a todos vós, no fim deste ano tão difícil em que tanto já nos foi pedido, peço apenas que procurem a força para, quando olharem os vossos filhos e netos, o façam não com pesar mas com o orgulho de quem sabe que os sacrifícios que fazemos hoje, as difíceis decisões que estamos a tomar, fazemo-lo para que os nossos filhos tenham no futuro um Natal melhor.

A Laura e eu desejamos a todos umas Festas Felizes.

Um abraço,
Pedro.

Mensagem de retribuição:

"Caro Pedro,
Antes de mais os meus sinceros agradecimentos pela amabilidade que tiveste em prescindir dos poucos momentos em que não tens que carregar o país às costas, para pensar um pouco em nós e nos nossos natais.
Retrataste com a clarividência de poucos a forma penosa como atravessamos esta quadra que deveria ser de alegria, amor e união. És de facto um ser iluminado e somos sem dúvida privilegiados em ter ao leme da nossa nau um ser humano de tão refinada cepa.
Gostava também de ser interlocutor de alguém que queria aproveitar o espírito de boa vontade que a quadra proporciona para te pedir sinceras desculpas…a minha mãe.
A minha mãe é uma senhora de 70 anos, que usufruindo de uma escandalosa pensão de mil e poucos euros, se sente responsável pelo miserável natal de todos os seus concidadãos. Ela não consegue compreender onde falhou, mas está convicta de que o fez…doutra forma não terias afirmado o que afirmaste. Tentarei resumir o seu percurso de vida para que nos ajudes a identificar a mácula.
A minha mãe nasceu em Alcácer do Sal começou a trabalhar com 12 ou 13 anos…já não se recorda muito bem. Apanhava ganchos de cabelo num salão de cabeleireiro, e simultaneamente aprendia umas coisas deste ofício. Casou jovem e mudou-se para a cidade em busca de melhor vida. Sem opções de emprego a minha mãe nunca se acomodou e fazia alguns trabalhos de cabeleireira ao domicilio…nunca se queixou…foi mãe jovem e sempre achou que por esse facto era a mulher mais afortunada do mundo. Arranjou depois emprego num refeitório de uma grande fábrica. Nunca teve qualquer tipo de formação mas a cozinha era a sua grande paixão.
Depois de alguns anos no refeitório aventurou-se no seu grande sonho…ter um negócio próprio de restauração. Quis o destino que o sonho se concretizasse no ano de 1974…lembras-te 1974? O ano em que te tornaste livre? Tinhas o quê? 10 anos?
Pois é…o sonho da minha mãe tem a idade da democracia.
O sonho nasceu pequeno, com pouco mais de 3 ou 4 colaboradoras. Com muita dificuldade, muito trabalho e muitas noites sem dormir foi crescendo e chegou a dar trabalho a mais de 20 pessoas. A minha mãe tem a 4ª classe.
Tu já criaste empregos Pedro?  Quer dizer…criar mesmo…investir e arriscar o que é  teu…telefonemas para o Relvas a pedir qualquer coisa para uma amiga da Laura não conta como criar emprego. A minha mãe criou…por isso ela não compreende muito bem onde errou. Tudo junto tem mais de 40 anos de descontos para a segurança social. Sempre descontou aquilo que a lei lhe exigia. A lei que tu e outros como tu…gente de tão abnegada dedicação, se entretém a escrever, reescrever, anular, modificar…enfim…trabalhos de outra grandeza que ela não compreende mas valoriza.
Pois como te digo, a minha mãe viu passar o verão quente, os tempos do desenvolvimento sem paralelo, o fechar de todas as fábricas da região, os tempos do oásis, as várias intervenções do FMI, as Expos, os Euros, do futebol e da finança…e passou por isto tudo sempre a trabalhar como se não houvesse amanhã. A pagar impostos todos os meses e todos os anos. IVA, IRC, IRS, IMI, pagamentos por conta, pagamentos especiais por conta, por ter um toldo, por ter a viatura decorada, por ter cão, de selo, de circulação, de radiodifusão…não falhando um único desconto para a sua reforma, não falhando um único imposto. E viu chegar as condicionantes da idade avançada sem lançar um queixume. E foi resolvendo todos os seus problemas de saúde que inexoravelmente foram surgindo, recorrendo a um seguro privado, tentando deixar para aqueles que realmente necessitam, o apoio da segurança social. Em mais de 40 anos de contribuição não teve um dia de baixa, não usufruiu de um cêntimo em subsídios de desemprego. E ela dá voltas e voltas à cabeça e não há forma de se recordar onde possa ter falhado. Mas certamente falhou…
Por isso Pedro, quando eu lhe li a tua carinhosa mensagem, que certamente escreveste na companhia da Laura e com um cobertor a cobrir as vossas pernas para poupar no aquecimento, ela comoveu-se, e cheia de remorsos pediu-me que por esta via te endereçasse um sentido pedido de desculpas.
Pediu também para te dizer que se sente muito orgulhosa de com a redução da sua pensão poder contribuir para que a tua missão na terra seja coroada de sucesso.
És de facto único Pedro. A forma carinhosa como te referes aos sacrifícios que os outros estão fazer, faz-me acreditar que quase os sentes como teus. Sei que sofres por nós Pedro. Sei que  cada emprego que se perde é uma chaga que se abre no teu corpo…é um sofrimento atroz que te é imposto…e tudo por culpa de quem? De gente como a minha pobre mãe que mesmo sem querer tem levado toda uma vida a delapidar o património que é de todos. Por isso se a conseguires ajudar a perceber onde errou ficar-te-ei eternamente agradecido. A minha mãe ainda é daquele tipo de pessoas que não suporta a ideia de estar a dever algo a alguém...ajuda-nos pois Pedro.
Aceita por favor, mais uma vez, em nome da minha mãe, sentidas desculpas. Ela diz que apesar de reformada e com menos saúde vai continuar a trabalhar para poder expiar o tanto mal que causou.
Continua Pedro..estás certamente no bom caminho, embora alguns milhões de ingratos não o consigam perceber.
Não te detenhas…os génios raramente são reconhecidos em vida.
Um grande abraço para ti.
Um grande beijo para a Laura."

Nuno Barradas

Linhas tortas inspiradas por alguém

"Alguns às vezes me tiram o sono, mas não me tiram o sonho
Por isso eu amo e declamo, por isso eu canto e componho
Não sou o dono do mundo, mas sou um filho do dono (...)
 - você vai onde?
 - trabalhar
 - isso é droga?
 - não, mas faz quem usa viajar
 - é o que? arma?
 - não, mas faz quem usa ser mais forte
Tem gente que escreve por ego, ou só para fazer firula, meu texto é simples, sincero, é tinta que sai da medula. Eu chuto as palavras p'ra fora e elas que vem me buscar num jogo de bola e gandula"

inshallah!

Que 2013 seja um ano de concretização de muitos sonhos.

27 de dezembro de 2012

Moeda

Não é que pese na carteira, não é que me faça muita falta, mas isto de me pisarem os pés quando estendi a mão para se levantarem faz-me uma confusão..

21 de dezembro de 2012

O valor da ignorância. A ovelha, o lobo e o cão pastor

Por vezes o melhor é não percebermos tanto do que se passa e do que estamos a viver , o facto de termos a noção das coisas que escapam à grande maioria das pessoas (rebanho) levam-nos a ter preocupações que a maioria das pessoas não tem, leva-nos a pensar demais na vida, e a duvidar sempre do que estamos a viver. A maioria fica apenas pelo que vê e esquece-se de observar o que está por detrás de tudo isso.
Não consigo ver pessoas a falarem ou a ver a casa dos segredos sem deixar de pensar no quão programadas estão essas pessoas, em que grande parte do seu dia se resume a falar e a ver uma MERDA televisiva que nada beneficia a sua sanidade mental. É estanho que gostem tanto de ver pessoas sendo os peões de um jogo da glória, estando elas à mercê do verdadeiro jogador, aquele que lança dados completamente viciados. Acaba por ser irónico, pois o que estas pessoas gostam de ver, é o que fazem com elas dia após dia sem que tenham a noção disso mesmo, autênticos peões de um jogo em que poucos conseguem fugir ao rebanho.
No mundo existem três tipos de pessoas, a ovelha, o cão pastor e o lobo.
"As ovelhas são criaturas produtivas, gentis, amáveis que só se magoam umas às outras por acidente.
Os Lobos alimentam-se das ovelhas sem perdão. E todo o cão pastor vive para proteger o rebanho e confrontar o lobo."
Eu sou sem sombra de dúvidas um cão pastor (ou pelo menos, procuro ser...)

11 de dezembro de 2012

Esforços...

Ontem recebi vários testes, mas houve um que me deu especial gosto de receber (sim, o de filosofia), não é que tenha tido uma nota extraordinária, mas valeu pelo que ouvi de uma pessoa que nem vai muito com a minha cara nem eu com a dela. Tive 14 valores que mais pareceram um 19 ou 20, o esforço foi recompensado e consegui mostrar que afinal não sou aquilo por que me fazem tentar valer. Nisto tudo ainda deu para ouvir uma boa frase dessa mesma pessoa:
"O mundo não é o que se vê, é o que está por detrás do que se vê"

just this #3


3 de dezembro de 2012

wake up

"Cada um tem de mim exactamente o que cativou, e cada um é responsável pelo que cativou, não suporto falsidade e mentira, a verdade pode magoar, mas é sempre mais digna. Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida e viver com intensidade. Perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve e a vida é muito para ser insignificante. Eu faço e abuso da felicidade e não desisto dos meus sonhos. O mundo está nas mãos daqueles que têm coragem de sonhar e correr o risco de viver seus sonhos."

Isto para dizer que por vezes o otário está com o olho mais aberto do que quem se acha inteligente, palmadinhas nas costas e dizer que está tudo bem para mim são bullshits, sei bem quem está comigo e quem tenta agradar. Quem está comigo, terá sempre de mim tudo o que quiser, quem opta por fingir ser o que não é, anda iludido a pensar que engana qualquer um.

1 de dezembro de 2012

Por aí..

Não sou muito de comentar blogs, mas este foi um dos poucos comentários que fiz e penso que ficaria bem por aqui...

"triste não é mudar de ideia triste é não ter ideia para mudar"

Se me perguntares o que quero ser na vida eu respondo-te: Feliz!
Não estou a dizer que quero uma vida a pão e água e que o dinheiro não é importante, nada disso. Apenas acho que o mais importante é não deixar-mos sonhos por viver por mero medo de arriscar, enfim, de mudar...
Tenho 19 anos, reprovei 3 vezes, ora porque os meus pais se separaram e estava ainda a ver com quem vivia ora porque segui trilhos errados que me levaram a retenções por faltas. Enfim, pouco importa.
Com a quantidade de retenções que tive a escolha parecia fácil, seguir um curso profissional manhoso (não que todos o sejam, mas de facto existem cursos que apenas servem para passar alunos), despachar uns quantos anos em pouco tempo e estava despachado. Mas não, felizmente encontrei o meu caminho, o caminho certo. (...) Quero seguir jornalismo (sim, sei da quantidade de jornalistas desempregados) e quero ser voluntário. São duas das coisas que vão fazer de mim aquilo que quero ser: Feliz! Nunca tenhas medo de arriscar, pois se não o fizeres viverás à sombra do que poderias ser e não serás.

Retalhos que vou ouvindo

Em Alta Definição, Rui Mendes: "Trabalhem, estudem, não desistam"