25 de agosto de 2012

Um grito de esperança


Ando com a cabeça a mil à hora, o meu fascínio pelo voluntariado internacional cresce de dia para dia e a vontade de o fazer é enorme. Nos tempos que correm devemos procurar “assegurar” o nosso futuro, e é isso que me preocupa, é isso que me entristece. Gostava de ser rico, mas não pela capacidade de compra, era mesmo para poder fazer da minha vida o que quisesse sem ter me preocupar com a minha subsistência no futuro, poder fazer voluntariado sem medo de mais tarde não ter trabalho e passar mal na vida. Gostava de acabar o 12º e partir para Africa durante uns anos, conhecer novas pessoas, novos lugares, novas culturas, ajudar pessoas, conhecer-me. Por detrás deste lado irracional, que segue apenas instintos e paixões, esconde-se um lado racional, que apenas pensa em seguir para a faculdade para ter a possibilidade de uma vida estável. Comparo este dilema ao tal “pau de dois bicos” pois se por um lado seguisse a minha vontade, mais tarde podia magoar-me com a falta de emprego e tudo o que isso envolve, mas por outro lado, seguindo o seguro, perco um pouco de mim, do que gosto e do que quero. Se não ganhar o euromilhões nos próximos dois anos, o mais certo é que esteja na faculdade a lutar por uma vida segura, se é que isso ainda é possível… mas existe uma verdade absoluta nisto tudo, não morrerei sem me conhecer, sem seguir os meus instintos e vontades porque eu sei que para lá do mundo fútil que conheço existe um mundo simples e fascinante.

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